A caminho do curto-circuito
Daniel Innerarity, em seu A política em tempos de indignação, compara os políticos aos fusíveis (e aos bodes expiatórios e treinadores de futebol), pois teriam a função de “permitir que possamos culpar alguém pelos nossos fracassos em vez de dissolver a equipe ou dissolver a sociedade”. Os políticos são personagens que estão “especialmente submetidos à contingência do mundo”, colocados à beira do abismo “talvez para situar todos os demais num local menos arriscado”. O problema é antigo – Platão alertava que “todo homem sensato prefere ser obrigado por outro do que preocupar-se em obrigar outros”. Afinal, transferir culpa é algo que vem do primeiro homem, veloz em apresentar sua companheira como responsável perante um Deus irado com sua falha. São colocações interessantes e muito úteis para pensar a respeito do momento político brasileiro.
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