Parlamento e Imparcialidade: por que menções a Deus incomodaram tanto na votação do impeachment
Que as decisões coletivas sejam tomadas com o máximo de sabedoria é um princípio que nasce junto com a história – pois na pré-história o princípio era a força. De diferentes formas e em diferentes agrupamentos humanos, a sabedoria era buscada. Nos anciãos, sábios por mais experiência, ou naqueles que tinham contato direto com o sobrenatural – oráculos, xamãs, pajés – sábios por mediunidade. Que a decisão coletiva beneficie o todo também é aspiração antiga, apesar de que o mistério do que venha a ser o bem comum permaneça a depender de uma epifania para ser desvendado. De qualquer modo, a expectativa de que a decisão coletiva seja a melhor decisão possível traduz-se inclusive em ditados populares – duas cabeças pensam melhor do que uma. Ou em termos filosóficos extraídos de Spinoza, o leitor de Maquiavel: “Os engenhos humanos são, com efeito, demasiado obtusos para que possam compreender tudo de imediato; mas consultando, ouvindo e discutindo, eles aguçam-se e, desde que tentem todos os meios, acabam por encontrar o que querem, que todos aprovam e em que ninguém havia pensado antes”
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